Memória do meu bem, cortado em flores, Por ordem de meus tristes e maus fados Deixai-me descansar com meus cuidados Nesta inquietação dos meus amores. Basta-me o mal presente, e os temores Dos sucessos que espero infortunados Sem que venham, de novo, bens passados Afrontar meu repouso com suas dores. Perdi numa hora tudo quanto em termos Tão vagarosos e largos, alcancei; Deixai-me, com as lembranças desta glória Cumpre-se e acaba a vida nestes ermos Porque neles com meu mal acabarei Mil vidas não, uma só - dura memória!