Um fado pessoano Num bairro de Lisboa Um poema lusitano No dizer de Camões Uma gaivota em terra Um sujeito predicado Um porto esquecido Um barco ancorado
Leva-as o vento Meras palavras Guarda no peito A ingenuidade
Figura de estilo Tua voz na proa De um verso já gasto No olhar de Pessoa
Uma frase perfeita E um beijo prolongado Uma porta aberta Traz odor a pecado Uma guitarra com garra Ouvida entre os umbrais Numa cidade garrida com vista para o cais
Leva-as o vento Meras palavras Guarda no peito A ingenuidade
Figura de estilo Tua voz na proa De um verso já gasto No olhar de Pessoa