Brasil, meu Brasil Brasileiro, Meu mulato inzoneiro, Vou cantar-te nos meus versos:
O Brasil, samba que dá Bamboleio, que faz gingar; O Brasil do meu amor, Terra de Nosso Senhor. Brasil!... Brasil!... Prá mim!... Prá mim!...
Ô, abre a cortina do passado; Tira a mãe preta do cerrado; Bota o rei congo no congado. Brasil!... Brasil!...
Deixa cantar de novo o trovador À merencória à luz da lua Toda canção do meu amor. Quero ver essa Dona caminhando Pelos salões, arrastando O seu vestido rendado. Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!...
Brasil, terra boa e gostosa Da moreninha sestrosa De olhar indiferente.
O Brasil, verde que dá Para o mundo admirar. O Brasil do meu amor, Terra de Nosso Senhor. Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!...
Esse coqueiro que dá coco, Onde eu amarro a minha rede Nas noites claras de luar. Ô! Estas fontes murmurantes Onde eu mato a minha sede E onde a lua vem brincar.
Ô! Esse Brasil lindo e trigueiro É o meu Brasil Brasileiro, Terra de samba e pandeiro. Brasil!... Brasil!