Ela diz tudo E de tudo se extrai: Quem vem. Quem vai. Entrada e saída A vi ser extraída Da morte e da vida A vi saltar de lábios trêmulos Frente a cruzes. Túmulos... Luto. Gravada na pedra: Tumulto! A quem não domina os códigos: Insulto. Da parte daquele que se diz culto. Nem sei por que discuto. Se ela nasce da necessidade Da expressão, da sensibilidade. Não nasce da mentira, assim sendo verdade. Que a mera combinação verbal é pura vaidade. O mais letrado letrista Por mais que tente e insista. E seja polemico Jamais dela fará um simples fruto acadêmico. Digo a ele: Vide Patativa do Assaré. D?onde vários que a cultivam e cultuam Tem debaixo do pé apenas o chão batido Filhos do semi-árido Olhares semi-ávidos Retirantes em aquarela gravados. Ou apenas registrados por Sebastião Salgado. O que será que será...? Ela esta lá. No encontro da noite com o dia No encontro do céu com o mar É bem fácil falar que ela esta aqui. Mas tem que ter sensibilidade na alma pra extrair.
Universo do poeta De traços e sutilezas Demasiadamente, Apaga, pensa e refaz Rabiscos que em cada detalhe Pinta o mundo Contagia a alma Interpreta uma dor Relembra um amor, que se encantou Derrama ao vão Sorriso, atenção
Que sacia o ego, os impulsos Liricamente, traz o calor Que falta aos hemisférios De um coração sofrido Que procura entender O motivo de sua tristeza E desabafa seu pranto Borrando toda sua beleza umedecendo o cantinho Que lhe tem toda atenção
Um mar de palavras profundas, sinceras Excitantes? Que se encanta com a melodia E a quem lhe convida para uma dança exuberante Uma mistura fina mas doce Cena teatral, atração que emposse Frases que naturalmente nascem Em folhas, pensamentos Que faz em você, também em mim Sentir a transparência De viver pelo menos em papel Uma vida de sonhos e desejos
?Mais uma vez senti vontade de tocar o céu...".
Linhas seguidas de espaço Espaço seguido de linhas Que outrora vazias estavam Mas que no seguinte momento nascia Representada por letras tortas uma poesia Adjetivos e verbos se dão no então presente momento Completam as linhas E eu com escritas desajeitadas as revestia Dando vida a o que não existia Às pressas as molho com lágrimas Papel, tinta, espaço e linhas. Sem exitar as recebe Absorvendo tudo que vinha Borrando e juntando tudo quanto eu escrevia E nela pude dizer e escrever Com vários modos de ter inspiração Em cada frase com profundidade ou não Trouxe o que era escrito a visão Na melhor resolução Então me pude entender E o inexplicável pro que via era ver O que sentia simplesmente pelo que escrevia E assim nascia Relações eternas entre eu e a poesia Seladas com tintas e lágrimas no papel Sentia vivas as palavras antes lidas Em literaturas de cordel Nasciam frases sublimes que fizeram meus pensamentos Voarem como aves no mais alto céu Disse tudo e escrevi E de quase tudo que disse anotei e nem li E agora que todas são uma nem sei como resumir O estranho é que tudo que escrevi Seria importante que ouvistes Pois verias o que vi Somente com os olhos da mente entenderia o que com a poesia eu senti