Querem-te apanhar Sem teres feito nada p’ra fugir Não querem que queiras cá ficar Mesmo sem vontade de partir Eles querem-te afastar Querem-te mandar p’ra outro país Menos um aqui a contestar Mais um na vida que nunca quis
Tanta glória, tanta glória Na história que eu dei na escola Agora educo o meu filho Com a glória a pedir esmola
Foi o cabo das tormentas Cabo da boa esperança Agora é o cabo dos trabalhos Para aguentar com a finança
Traz a comida p’ra mesa E o sorriso p’rá família Não mostrar a incerteza De vir a faltar um dia
Fizeram cortes mais cortes Rebentaram orçamentos E aumentaram as taxas Cortaram nossos sustentos
Amigos no restaurante Inimigos no parlamento Eles são os iluminados E nós somos o jumento
Vão abandonando o barco Como ratos do porão Mas do barco afundado Ainda vão tirar razão
Wikileaks e vatileaks São heróis da humanidade Querem meter na prisão Quem nos vem mostrar a verdade
A verdade é muito pobre E a mentira endinheirada Com guita tu tens justiça Sem guita levas banheira
(Refrão)
Somos do primeiro mundo A ser comprado por terceiro Eram todos pobrezinhos Agora são peito cheio
Nossos putos no interior Vão à escola sem almoçar Parlamento gasta o tempo Para o gay poder adotar
Eu assisto a isto tudo Tenho de manifestar O desejo e a vontade Do povo se organizar
??? A poesia Que eu estou a verbalizar Até pareço um caterpilar Dos que apetece matar
Pensas que estão num sistema De fazer o povo burro Juntam à nossa senhora Para ficar mais orelhudo
As valizes de cartão Voltam a sair do armário O povo votou no credo E o credo fez dele otário
Arranja tacho aos amigos Nem que seja a tocar sinos E não compram iates Bwoy, compram submarinos
Depois de fazer merda Ainda vêm fazer birra E deixam para nós A tarefa do “faz-te à vida”