Lá no sertão cabra macho não ajoelha, nem faz parelha com quem é de traição, puxa o facão, risca o chão que sai centelha, porque tem vez que só mesmo a lei do cão.
è lamp, é lamp, é lamp... é lampião meu candeeiro encantado...
enquanto a faca não sai toda vermelha, a cabroeira não dá sossego não, revira bucho, estripa corno, corta orelha, quem nem já virgulino, o capitão.
é lamp...
já foi-se o tempo do fuzil papo amarelo, pra se bater com o poder lá do sertão, mas lampião disse que contra o flagelo, tem que lutar de parabelo na mão.
é lamp...
falta o cristão aprender com São Francisco, falta tratar o nordeste com o sul, falta outra vez lampião, trovão, corisco, falta feijão invés de mandacaru, falei? falta a nação acender seu candeeiro, faltam chegar mais gonzagas lá de Exú falta o Brasil de Jackson do pandeiro, maculêlê, carimbó, maracatu.