Riachão tava cantando, ai meu Deus! Na cidade do Açú Quando apareceu um negro Quando apareceu um negro, oi iaiá Da espécie de urubu Com uma camisa de sola, oi iaiá E calça de couro cru Beiço grosso e virado, ai meu Deus Como a sola de um chinelo Um olho muito encarnado Um olho muito encarnado O outro bastante amarelo Convidou a Riachão, ai meu Deus Para vir cantar martelo Riachão lhe respondeu Eu aqui não tô cantando, oi iaiá Com negro desconhecio Você pode ser cativo, oi iaiá E tá por ai fugido Isso e dar fala nambú Isso e dar fala nambú Puxa já negro enxerido Eu sou livre como o vento, oi iaiá A minha linhagem é nobre Nasci dentro da nobreza, oi iaiá Não nasci na raça pobre Você nega por que quer Está congecido demais Se você não for cativo, oi iaiá Me diga o que você faz Seja livre ou seja ou seja escravo Eu quero cantar martelo Afine sua viola Vamos entrar em duelo Só com a minha presence O senhor já tá amarelo, camaradinha Viva meu Deus…