Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir. Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir. Numa outra brincadeira passam mesmo à beira, sempre sem falar. Uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém pensar.
Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé. Ele lá lhe disse, a medo: "O meu nome é Pedro e o teu qual é?" Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: "Sou a Cinderela". Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela...
Então, Bate, bate coração! Louco, louco de ilusão! A idade assim não tem valor. Crescer, Vai dar tempo p'ra aprender, Vai dar jeito p'ra viver O teu primeiro amor.
Cinderela das histórias, a avivar memórias, a deixar mistério. Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério. Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou. Com a cara assim molhada, ninguém deu por nada, ele até chorou...
Então, Bate, bate coração! Louco, louco de ilusão! A idade assim não tem valor. Crescer, Vai dar tempo p'ra aprender, Vai dar jeito p'ra viver O teu primeiro amor.
E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos. E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos. E, num desses bons momentos, houve sentimentos a falar por si. Ele pegou na mão dela: "Sabes Cinderela, eu gosto de ti..."
Então, Bate, bate coração! Louco, louco de ilusão! A idade assim não tem valor. Crescer, Vai dar tempo p'ra aprender, Vai dar jeito p'ra viver O teu primeiro amor.
Cinderela
Então, Bate, bate coração! Louco, louco de ilusão! A idade assim não tem valor. Crescer, Vai dar tempo p'ra aprender, Vai dar jeito p'ra viver O teu primeiro amor.