"O canto da mais difícil E mais misteriosa das deusas Do candomblé baiano Aquela que sabe tudo Sobre as ervas Sobre a alquimia do amor"
Deaaá! Deeerê! Deaaá!
O homem que diz "dou" Não dá! Porque quem dá mesmo Não diz! O homem que diz "vou" Não vai! Porque quando foi Já não quis! O homem que diz "sou" Não é! Porque quem é mesmo "é" Não sou! O homem que diz "tou" Não tá Porque ninguém tá Quando quer Coitado do homem que cai No canto de Ossanha Traidor! Coitado do homem que vai Atrás de mandinga de amor...
Vai! Vai! Vai! Vai! Não Vou! Vai! Vai! Vai! Vai! Não Vou! Vai! Vai! Vai! Vai! Não Vou! Vai! Vai! Vai! Vai! Não Vou!...
Que eu não sou ninguém de ir Em conversa de esquecer A tristeza de um amor Que passou Não! Eu só vou se for prá ver Uma estrela aparecer Na manhã de um novo amor...
Amigo sinhô Saravá Xangô me mandou lhe dizer Se é canto de Ossanha Não vá! Que muito vai se arrepender Pergunte pr'o seu Orixá O amor só é bom se doer Pergunte pr'o seu Orixá O amor só é bom se doer...
Que eu não sou ninguém de ir Em conversa de esquecer A tristeza de um amor Que passou Não! Eu só vou se for prá ver Uma estrela aparecer Na manhã de um novo amor...