(A. Brando - Cazuza, 1988) Disparo contra o sol Sou forte, sou por acaso Minha metralhadora cheia de mgoas Eu sou um cara Cansado de correr na direo contrria Seu pdium de chegada Ou beijo de namorada Eu sou mais um cara Mas se voc achar Que eu estou derrotado Saiba que ainda esto rolando os dados Porque o tempo no pra Dias sim, dias no Eu vou sobrevivendo sem um arranho De caridade de quem me detesta A tua piscina t cheia de ratos Sua idias no correspondem aos fatos O tempo no pra Eu vejo o futuro repetir o passado Eu vejo um museu de grandes novidades O tempo no pra Eu no tenho data pra comemorar s vezes os meus dias so de par em par Procurando agulha no palheiro Nas noites de frio melhor nem nascer Nas noites de calor, se escolhe: matar ou morrer E assim nos tornamos brasileiros Te chamam de ladro, de bicha, maconheiro Transformam o pas inteiro num puteiro Pois assim se ganha mais dinheiro