Ligo directo para a caixa de correio só para ouvir a tua voz, Sei que é cena fora mas todo o dia chega a hora em que o lado esquerdo chora quando se lembra de nós A vida corre tranquila, cada vez menos reguila meto guita de parte e a cabeça não vacila tanto Para minha alegria e meu espanto Pode ser que o passado fique por onde deve estar: No pretérito imperfeito, já que não é mais-que- perfeito, Este é um presente que eu aceito Para atingir a tranquilidade Que supostamente se atinge com a nossa idade A verdade é que a saudade do que passou Não é mais que muita... Mas por muita força que faça ela passa por saber que te vivi... Tu deste tudo e eu joguei, arrisquei e perdi Agora,
Muda o teu número, eu mudei o meu, Muda o teu número, eu mudei o meu, Muda o teu número, eu mudei o meu, Muda o teu Mundo que eu mudei o meu.
Cada vez que eu ligo tento deixar mensagem mas acabo por nunca arranjar a coragem Necessária Gostava apenas de partilhar contigo o quotidiano habitual Nada que se compare com as correrias doutras alturas e doutros abismos E já que falo por eufemismos Gostava de dizer que ainda gosto bastante de ti... A casa tá diferente, parece digna de gente Dá gosto sentar no sofá com a tv pela frente Comprei uma máquina de café Xpto, bem bonita, azul bebé Ocasionalmente cozinho e bebo o meu vinho E esqueço o fumo que nos dava aquele quentinho Hoje em dia é mais à base do ar condicionado Condicionei a tentação num clima controlado Quero que saibas que tou bem, sei que tu mais ou menos Sempre gostaste de brincar em perigosos terrenos Em relação a isso eu não sei o que fazer E se calhar é por isso mesmo que acabo por não dizer que a verdade é que a saudade do que passou Não é mais que muita... Mas por muita força que faça ela passa por saber que te vivi... Tu deste tudo e eu joguei, arrisquei e perdi Agora,
Muda o teu número, eu mudei o meu, Muda o teu número, eu mudei o meu, Muda o teu número, eu mudei o meu, Muda o teu Mundo que eu mudei o meu