O véu luminoso do sol na bruma cobre a serra molhada por um buraco na névoa, vara a espada de luz libertando a terra ao tocá-la a chuva parou, o dia renasce para o passeio, para o amor, para o trabalho a princípio o cheiro é a primeira coisa a lembrar o chão enxugando, aquecendo as poças diminuindo o povo, os animais, o vai-e-vem é dia de colher, é dia de pescar, preparar o peixe cheiro de limão me encanta como se sente o fruto do limoeiro? A virgindade verde se abre em gotas para encenar o sabor no teatro da boca, onde o áspero se fere ao ranger dos dentes e o sangue é água, muita água, uma nascente.