Em algum lugar, Onde se pode Esperar pelo melhor, Onde cada ser Se viu crescer Cheio de planos Pra servir, Vida só há de ter Quem a dividir! Ser alguém Por fazer mais! Não se pode ir além Nas costas de ninguém, Por amor, como for, vai. Na nova ordem geral De um novo comando, Abstinência moral É crime hediondo! Aquela onda de caos Que sai varrendo o mar Dos que têm poder, Pode esquecer! Só procedimentos normais, O mais é injúria. E tudo se liquefaz, Num mar de candura. Se alguém tiver que arbitrar Só vai poder contar Com o delírio de um cantor: O que se passou, passou Prescreveu!... O amanhã ficou pra bem distante, O hoje com a mesma cara de ontem E a vida segue em frente, ardilosamente a mil.