[Verso 1: Edi Rock] Pelo chão, pelo amor, pelo sangue, pela cor Fidelidade, lealdade em nome do senhor À minha amada, à minha família e ao nove de julho Que me mostrou a importância de eu tá no bagulho A gente atira no escuro, não escuta ninguém Não adianta o sermão e a tempestade que vem Não sei se tem alguma coisa a ver com o destino Mas os problemas são B.O., desde pequenino O rap é hino pra mim, já estava escrito, neguim Um baianinho assim, que anda perto do fim Sim! A nossa escola sempre é cara O tempo é rei, disso eu sei, o relógio não para Cara, ferida sara, mas na alma não tem cura Na sua arrogância ou na sua humildade pura Se segura, o que te ofereço é muito bom É força e poder, dom através do som Eu digo: cada degrau a gente aprende a sofrer Viver, morrer, sorrir e a chorar Chorar pelo passado, pagar pelos pecados Contando cada sombra no seu sonho atormentado Acorrentado, sei lá, drogado, se pá Enfraquecido, injustiçado, se afogando no mar Eu tô lá, lado a lado, com a fé no coração Nem que pra isso eu amanheça dormindo no chão, mermão
[Refrão: Seu Jorge] That's my way and I go, Esse é meu caminho, nele eu vou Eu gosto de pensar que a luz do sol Vai iluminar o meu amanhecer Mas se, na manhã, o sol não surgir Por trás das nuvens cinza, tudo vai mudar A nuvem passará e o tempo vai abrir A luz de um novo dia sempre vai estar [Ponte: Seu Jorge] (2x) Pra clarear você, pra iluminar você Pra proteger, pra inspirar E alimentar você
[Verso 2: Edi Rock] Revolução se aproxima, se prepare Pegue suas armas, marche, apache e nunca pare Encare a guerra de frente, mesmo sendo ruim Somos soldados e sobreviventes, sempre, até o fim Olhe pra mim e veja o quanto eu andei Envelheci, eis-me aqui, nunca abandonei Não quero ser um rei, não quero ser um zé Só quero minha moeda e a minha de fé Axé, comigo, na fé, bandido O gueto sempre tem, na frente, o inimigo A polícia é racista, mais do que ninguém A favela entre o céu, o inferno, Jerusalém Lamenta, aguenta, enfrenta a batalha Violenta é a vida no fio da navalha A falha mundial, espiritual, um fuzil É um texto dantesco de Shakespeare, titio Você já viu sangue, pobreza demais Qual o valor verdadeiro pra se encontrar a paz? Será que é fugir? Será que é se esconder? Ou será que é lutar, trabalhar e depois morrer? Pode crer, veja você, vários de elite Na disposição, situação e no apetite Acredite que você pode chegar no fim do arco-íris E um pote de ouro encontrar