Era um cômodo, incômodo, sujo como dragão de komodo Úmido, eu homem da casa aos seis anos Mofo no canto, todo, TV, engodo, pronto pro lodo Tímido, porra, somos reis, mano Olhos são eletrodos, sério, topo, trombo corvos Num cemitério de sonhos, graças a leis, planos Troco de jogo, vendo roubos, pus a cabeça a prêmio Ingênuo, colhi sorrisos e falei -- vamos! É um novo tempo, momento pro novo, ao sabor do vento Me movo pelo solo onde reinamos Pondo pontos finais na dor, como Doril, Anador Somos a luz do Senhor, pode crer, tamo Construindo, suponho não, creio, meto a mão Em meio à escuridão, pronto, acertamos Nosso sorriso sereno hoje é o veneno pra quem trouxe tanto ódio pr'onde deitamos
Quem costuma vir de onde eu sou Às vezes não tem motivos pra Seguir Levanta e anda, vai (3 X) Mas eu sei que vai, que o sonho te traz Coisas que te faz Prosseguir Levanta e anda, vai (3 X)
Eu sei, cansa Quem morre ao fim do mês, nossa grana ou nossa esperança? Delírio é Equilíbrio entre nosso martírio e nossa fé Foi foda contar migalha nos escombros Lona preta esticada, as enxada no ombro e nada vim Nada enfim, recria Sozim, com alma cheia de mágoa e as panela vazia Sonho imundo Só água na geladeira e eu querendo salvar o mundo No fundo é tipo David Blaine, mãe assume, pai some de costume, no máximo é um sobrenome Sou terror dos clone Esses boy conhece Marx, nóiz conhece a fome então cerre os punhos, sorria e jamais volte pra sua quebrada de mão e mente vazia
Quem costuma vir de onde eu sou Às vezes não tem motivos pra Seguir Levanta e anda, vai (3 X) Mas eu sei que vai, que o sonho te traz Coisas que te faz Prosseguir Levanta e anda, vai (3 X)