[Verso 1] Eu era um neguim, vendo tudo do lado de fora Maravilhado com o baile (Carai!) Olha agora! Veloz na sessão, convite pra inserção da voz De um beat, irmão (Claro que é nóiz!) Cortar sampa pelo que ama, ir pra zona sul Eu admiro Dalai Lama, mas prefiro Sun Tzu (Morô, tru?) Cê sabe o que eles quer, irmão? Nóiz enchendo o tanque da limousine, voltando pra casa de busão Não, hoje não! Não dessa vez Me livrei da depressão, tava fácil pro cês Aí, patrão, doutor, não acho certo Senhor pra mim é Deus e os coxinha não chega nem perto Disso, incerto, omisso, moleque, vacilão Saiu do chão, revolucionou quebrando os orelhão Deitou na calçada loucão, num compreendeu a intenção Perdoa pai, eles não sabe o que faz Dê-lhes sabedoria para que mude antes do "aqui jaz" Hoje tudo é hitech, wi-fi, internet, bluetooth, mil grau Calor de proximidade digital, contato virtual Oturo elo, cliente Superficial e rápido, por que que com a vida ia ser diferente? Resta nóiz saber se colocar Saber usar os meios sem deixar os meio usar nóiz Quer Danone na geladeira, luxo, fartura (Oxe!) Comer ovo por opção (Puxa!) Casas no Morumbi, entenda Não que eu queira fugir daqui, eu quero é viver de renda Com as pretinha, bonitinha, de sainha apertada De preguinha, curtinha, toda emperiquitada Um gado na churrasqueira, um sonzim e mais nada Entendeu? Entendeu? Tio, I love quebrada!
[Refrão] Os maloqueiro vem, os vagabundo tão As minazinhas têm, atrasa lado não Cê sabe qual é? (Sei!) Mó satisfação (Uou!) Simples, direto, de coração…
[Verso 2] Quebrada é: pendura que eu acerto pra semana Mão dada com a de fé, a que agente mais ama Ligar todo mundo é conceito, não fama Ligo quem é, viu, quem não é engano Ligo por um qualquer, descolar uma grana É, viver igual bacana Ter meus savuafer, vim da lama Primeira classe, eu e minha dama Férias na Guiné ou Copacabana Abaipé, Santa Fé, Feira de Santana Ver blocos de afoxé, tomar cajarana No mar Iemanjá do Aboré, deusa baiana Fazenda de café, plantações de cana Brasil no pé e no peito África mama Patativa do Assaré, melhor que os melodrama Qualquer coisa grita nóiz, tamo à paisana Bando de zé, nóiz tá pique, máfia siciliana Família unida até no meio das ratazana Pra não toma pelé, de qualquer sacana Rei de ralé personifica Carmina Burana Nosso balé e canta no fim de semana Com a musa do cabaré, o batuque, as garrafas de Brahma Axé famoso igual Obama, mocado igual Osama O resto dos mané quer ser o Luan Santana