O soldado na trincheira, não passa duma toupeira Vive debaixo do chão. Só pode ter a alegria de espreitar a luz do dia Pela boca de um canhão. Mas quando chegar a hora dele arrancar por aí fora Ao som da marcha de guerra, Seus olhos são duas brasas e as toupeiras ganham asas Como as águias lá da serra.
[Refrão : ] Rastejando como sapos, com as fardas em farrapos Pela terra de ninguém Mas cá dentro o pensamento, corre mais alto que o vento Quando pela nossa mãe. E se eu morrer na batalha, só quero ter por mortalha A bandeira nacional. E na campa de soldado, só quero um nome gravado O nome de Portugal.
Soldados da nossa terra, são voluntário da guerra Que vêm bater-se por brio. Raça de povo e de glória, que escreveu a nossa história Nos mundos que descobriu. Por isso a Pátria distante, brilha em nós a cada instante Como a luz de uma candeia, Que arde de noite e de dia no altar da Virgem Maria Na igreja da nossa aldeia.