Homens de amanhã (Fado Alexandrino Joaquim Campos)
Passava à minha rua, manhã de todos dias Um lindo garotito, maroto e bem traquina Passava a assobiar, expandindo alegrias Mas ia para o trabalho cumprir a sua sina
Tinha então doze anos, ainda por fazer Mas meteu-se em cabeça, também de namorar Então todos os dias, para ela lhe aparecer Passava à minha rua, pondo-se a assobiar
A namorada era uma rosita a abrir Mas linda como os anjos de rosto meigo e brando E eu um dia que os vi, perguntei-lhes a rir Se não tinham vergonha de estarem namorando
Senhor, eu já trabalho e tenho amarga lida E cumpro o meu dever perante a minha mãe Sou novo bem o sei, mas ganho a minha vida E aprendo ao mesmo tempo a namorar também
Vou terminar dizendo quero ter uma casinha Onde caiba o amor e a pura lei cristã Eu fiquei a pensar e lá fui à vidinha O mais bonito exemplo dos homens de amanhã