Modernidade = função incontestável Sempre existirá. O fim e o começo. Quebra e construção. É o ciclo dado que pode ficar incontrolável se mal dominado. Nos tornamos parte dele, sem escolha. Renunciar não é mais uma opção Porque me cegar a isso é como apagar o que restou da minha natureza É deixar que extirpem o que eu chamei de força. Sinto a mesma impotência que me faz parar frente a um arranha-céu. Essas construções são as estátuas de nossa derrocada. Em concreto e aço se fechou um contrato Entre a natureza e o homem: Que morra um para dar vida ao outro. Agora não sei mais se isso não é a extensão de meu corpo Ou se meu corpo transformou-se nisso. Nossos peitos só se abrem quando o vento é o que escuta O vento só vem quando não há mais ninguém.