vk.com/filosofiarap Tomei um soco do Sol na cara, meu despertador natural Lavei o rosto, saí pro quintal Cansei de telejornal de sangue, carne espirrando Pensei em fazer uns versos vegetarianos Falei com Deus, meu nutricionista espiritual Que disse preu evitar de me alimentar do mal *Mas se a gente é o que come quem não come nada some Por isso ninguém enxerga essa gente que passa fome 3 Eu fiz meu rap virar cereal cerebral matinal Pros moleque não morrer de desnutrição mental Trocar os programa enlatado lotado de conservante Por um instante, comi brisante Conservantes, Vim pra impregnar, há! Tipo cheiro de Cheetos E atravessar gerações, que nem os Beatles Só vou desistir, abortar minha missão Quando a educação aqui virar ostentação
[Refrão: Arnaldo Antunes] Tudo vem do vem tudo vem Do vento vem tudo vento vem Do vento vem tudo (2X)
[Ponte: Renan, Arnaldo Antunes] Loucura, dieta lembra ditadura Onde a gente tem que fechar a boca Ficar na moral Todo regime radical faz mal Regime militar, alimentar, Taliban Drogaria, socorro imediato, CPF na nota A farmácia é uma biqueira com CNPJ
[Verso 2: Renan] Igual a mim aqui quantos fi de mãe solteira Que viu no rap ali um pai pra vida inteira Já engoli sapo de patrão até umas hora E por não querer ser robô fui mandado embora E eu fui embora! Atrás do meu sonho, viver da música Casei de dar o meu talento pra'quela metalúrgica Operário padrão dentro de uma fábrica Quer saber o que eu fazia? Fazia lágrima... Deixei de ser mecânico da oficina cinzenta E hoje uso as palavras como ferramenta Mas nem esquenta, são trinta primavera, primo Tô firmão de corpo e alma, honrando a missão Onde os abraços são falsos e o beijo é técnico, dá um saque: As ruas tem mais câmeras do que o Projac Cuidado irmão, não vai jogar tudo pro alto Pra tirarem sua liberdade, isso que é assalto