Sangue, Medo, Doença e Dependência - A História da Vida e da Morte
Lembranças do sangue a escorrer pelas coxas Permanece no inconsciente Sem noção, o sabor doce como o primeiro Fôlego desesperado Nunca desaparece, acasos que aumentam o fascínio O constante palpitar, dor que se aprende e logo se esquece
Alivia a alma, impede a vida, escorre lentamente Assusta na anormalidade quem não conhece o seu desespero Escorre por ti abaixo, sai pelas extremidades sem nada fazer Beleza personificada, pelos traços do inevitável
Sem força, dependente e doente, jazes imóvel no escuro
Caiem-te dos olhos, as lágrimas divinas pintam-te o rosto É a mascara que usas, para todos contemplarem o castigo Tinta para te escrever fundo e cravado um livro de cicatrizes Conta a história do passado, saboreia o efémero O gosto que não sente, a memória
Do ódio, nasce o gosto incompreensível que te atormenta O vazio apodrece os sentidos, desperta a cor O sangue controla a vida e nada mais, recordar a fome Sentir o medo de acordar, se viver é recordar, prefiro morrer
Sem força, dependente e doente, jazes imóvel no escuro