Tareco E Mariola Eu não preciso de você O mundo é grande e o destino me espera Não é você quem vai me dar na primavera As flores lindas que eu sonhei no meu verão Eu não preciso de você Já fiz de tudo pra mudar meu endereço Já revirei a minha vida pelo avesso Juro por Deus não encontrei você mais não Cartas na mesa O jogador conhece o jogo pela regra Não sabes tu eu já tirei leite de pedra Só pra te ver sorrir pra mim não chorar Você foi longe Me machucando provocou a minha ira Só que eu nasci entre o velame e a macambira Quem é você pra derramar meu mungunzá Eu me criei Ouvindo o toque do martelo na poeira Ninguem melhor que mestre Osvaldo na madeira Com sua arte criou muito mais de dez Eu me criei Matando a fome com tareco e mariola fazendo versos dedilhados na viola Por entre os becos do meu velho Vassoural.
Velho Ipojuca Quantas vezes deixei minha mãe maluca o rio ipojuca galopando para o mar, o rio tá enchendo tá chovendo me dá medo, água não é brinquedo menino não vá pra lá. O rio tá enchendo tá chovendo me dá medo, água não é brinquedo menino não vá pra lá. Quantas vezes deixei minha mãe maluca o rio ipojuca galopando para o mar, o rio tá enchendo tá chovendo me dá medo, água não é brinquedo menino não vá pra lá. O rio tá enchendo tá chovendo me dá medo, água não é brinquedo menino não vá pra lá. Mãinha o tempo passa levando esse desafio, que a natureza chega chora a perguntar, se os peixinhos sentem saudade do rio, se a lavandeira tem motivos pra cantar, meu velho ipojuca teu espelho já não brilha, e nessa trilha tu parece até comigo, lençol de pedra em sonho de baronesa, nessa tristeza aceitando teu castigo. O rio tá enchendo tá chovendo me dá medo, água não é brinquedo menino não vá pra lá. O rio tá enchendo tá chovendo me dá medo, água não é brinquedo menino não vá pra lá.