Se por acaso abrir a porta Saiba que eu estarei tranqüilo Contigo emagreci dez anos, contigo envelheci dez quilos de tanto te tomar nos canos
Se por acaso ainda resolver Passar o resto dos seus dias sem mim Pisar nas flores do jardim, expor as vísceras das flores Matar os nossos desamores, pobre de mim
De tanto acomodar meu tempo aos seus momentos De tanto andar contra o vento, de tanto procurar ajuda De tanto andar fora dos trilhos perdi meu rumo e o juízo
Se por acaso for embora, creia que ainda sobrevivo Sem trauma ou drama ou sedativo Sem medo, sem anestesia, sem raiva e sem alegria
Se por acaso ainda acreditar naquilo que eu te disse um dia, enfim lembre que estarei por perto se você precisar de mim nem tudo tem que ter um fim