Eu vou falar da minha rua onde moro Da minha rua, a minha vila onde moro Se a sua rua tem asfalto, Se a sua rua tem um nome, A minha não tem, a minha não tem
A sua rua é bonita, a minha não Na sua rua tem jardins, na minha não Na minha rua passa gente, Na sua eu acho que não Na sua eu acho que não
A minha rua Não é rua, é uma viela Não tem rio, não tem picina A minha rua A gente brinca na enxurrada Se não inunda a minha casa
E a gente brinca, e a gente se diverte E todo mundo chama gente de moleque Na minha rua tem um bando de pivetes Que sendo moleques, se fascinam e se divertem
Na minha rua passa crente e descrente Passa ladrão, passa ''ganbé'' e passa gente O viciado passa atrás de ''quem é quente'' E o traficante passa bem na minha frente. Na minha rua tem buchicho e tem agito Tem gente alegre, gente triste e inibido Tem quem tem grana, quem tem gana quem engana Tem gente pobre, miserável... E mita gente bacana!
A minha rua Não é rua, é uma viela Não tem rio, não tem picina A minha rua A gente brinca na enxurrada Se não inunda a minha casa
E a gente brinca, e a gente se diverte E todo mundo chama gente de moleque Na minha rua tem um bando de pivetes Que sendo moleques, se fascinam e se divertem