As vezes tenho vontade As vezes guardo segredo As vezes passo na cara Minha língua ferina Minha boca termina Onde começa a sua As vezes falo do nada O que me vem na cabeça As vezes não me interesso O que me prende no chão Você produz gravidade Eu não sou sua lua Eu corro por fora Eu ando jogando... Areia em meus planos Mentindo descaradamente E tem gente acreditando em mim As vezes da agonia As vezes morro de medo A minha porta fechada A sua cara amarrada Essa cruel sanidade Que me leva a loucura As vezes dura um dia As vezes dura pra sempre As vezes quero o improvável Eu nunca fui razoável Com os meus próprios desejos