A terra treme do outro lado do planeta Enquanto a calmaria daqui me abala Uma outra guerra traz a morte violenta E eu aqui comendo pipoca na sala
Ah, se eu medisse minha dor na escala Richter Ou ao menos inventasse uma escala Será que a dor de não ter nada se compara Na intensidade à dor de quem tudo perdeu
Qual seria a dor mais forte desse mundo Acho que dor talvez mereça ser revista Pois a dor que vejo na revista a cores Não parece tão real quanto a que eu sinto em mim
É tanta coisa que se vê como notícia Que a importância vira curiosidade Não que a morte seja um fato indiferente Ou tão distante para ser uma verdade
É que na confusão dos sentimentos Entre o fútil da princesa e seu amante Um terremoto só parece verdadeiro Quando a tv cai de cima da estante