Naquela casa afastada A miséria fez morada E nunca mais quis saír; Quem lá mora, não tem nada Mas nos vasos da sacada Há saudades a sorrir
Saudades lembram a esperança Que nunca morre nem cansa Se viveu no coração Embora pesem no peito Sombras d’amor já desfeito Sempre fica uma ilusão
Por isso mesmo, que importa Que a saudade bata á porta Se a esperança entra a seguir E como o sol da alvorada Nos canteiros da sacada Há saudades a sorrir