Tudo vai, tudo tudo vai Tudo, vai vai, tudo vai, Tudo tudo vai Tudo vai, tudo tudo vai Tudo, vai vai, tudo vai, Tudo tudo vai...
[Verso 1: Xará] É impressionante, as histórias se confundem Armas de fogo, mulher e ciúmes Droga é poder, amor é vaidade A mente vazia, ela cria as verdades E cobra, que o crime é assim, ele cobra E não vive, não dorme, não ama, não chora Crise vai passar, a casa vai encher Criança é sempre bom de criar e de fazer Então, pra que ter pressa? Quase fim do mundo Não tenha medo, o medo aproxima o fundo Liga no Xandão e ele passa no Damien E traz um som enquanto cê fala do talismã Desliga a luz, abre essa janela Só igual Clarice, livre igual Mandela Vem pra ver a tarde, põe Chico pra rolar Amarelo ouro, um dia pra celebrar
[Refrão: Rael, Xará] Eu sei, falta alguém aqui (Mas nós sabemos) Vem nosso dia vai nascer Ei, vamos prosseguir (Mas nós sabemos) Vem que hoje o sol vai sair
[Verso 2: Xará] Shiii! Não acorda nossos monstros O sono é leve pra quem dorme nos escombros Ah! Quanta ideia foi junto com esse vinho De vida, de amor, de trabalho e caminho Você perdeu mais que um irmão, era seu menino Sem rumo, efêmero, genuíno São só palavras, lembranças e culpas E as causas? Todas, mesmo as ocultas Nas sombras, assombram e volto os faróis sobre a ilha Gaveta que não abre é família Não pensa, peço, não fala, não julga Esquece, não esquece, loucura, não escuta Dizem que a alma pesa vinte e uma gramas Agora diz, quanto vale aqui a vida humana? Quanto vale o ser se ele vale o quanto pesa Quanto pesa ter? Depois que inicia a queda
[Refrão: Rael, Xará]
[Verso 3: Xará] Vem, vamos ler sobre Alan Kardec Nietzsche, ou uma fuga que nos conecte Qualquer doutrina ou fé que nos adapte Um sinal de paz que você interprete Qualquer coisa vaga que possa fazer sentido Presença em quase tudo, mas não tá vivo É paradoxal, a morte é um rompimento As lágrimas libertam o sol nesse apartamento Eu vejo você feliz, as coisas estão no lugar É o caos do nosso dia me lembra Basquiat Cores vivas, nada turvo, traços livres Monolito, sobrevive, o bem-estar Nós vamos longe que ainda somos muito jovens Tudo que falamos é o ódio que ainda nos move A estrada é muito estreita, uma espécie de umbral Cumplicidade, paraíso artificial
[Refrão: Rael, Xará] Eu sei, falta alguém aqui (mas nós sabemos) Vem nosso dia vai nascer Ei, vamos prosseguir (mas nós sabemos) Vem que hoje o sol vai sair Sei que vai...