Não se subjulga a nada, que a confiança é igual a forca Daquelas que cê sobe na cadeira e amarra a própria roupa Um refém, e a porta dorme aberta Viramos leão de circo, e a vida na selva é incerta Liberdade assistida é banho de sol Calmante de contenção calaram com Simonal Estado de espírito, um coma coletivo Em fila de financeira nós temos lugar cativo Dizem-me dos sábios que vivem infelizes Pois, levam na razão de ser frágeis diretrizes Que, impedem uns de ver e esses levam a mensagem E outros que podem ouvir, pra esses faltou coragem Por isso nós estamos aqui: sem público e sem mensagem Vivendo num isolamento, servindo à mediocridade Escravos de uma causa, uma crença, uma raça. Vai! Pode pôr a mesa pro jantar e enche a taça aqui
[Tiago Mac] Olhe pra dentro de você Não deixa dominar, deixa dominar O seu ser, escute uma coisa Deixa dominar, não deixa dominar
[Xará] Se o inferno é da omissão, é que o céu é dos submissos E o resto vive num limbo, morrendo e fazendo filho Os puto dominaram e nos encheram de complexos Veio as neuroses, no fim, o cartão de crédito Onde vinha salvação, traduziram servidão Nos resta só redigir, mudar pra subversão Periferia, quilombo consentido Criadouro de homem bomba à espera de um motivo É o álcool que pega as mina, é o hash que faz a arte As amarras vem lá de cima, o dinheiro foi nossa parte A realidade é um gigante que vive o agora Cê diz que está à frente ao tempo, mas paga as putas por hora Tá pronto pra viver só? Já nasceu escravo É a Síndrome de Estocolmo, cê morre pelo carrasco Se tudo tá bem pra alguns. Dizem: Tá bom. ? Pra quem? Não estava bom pra mim, cansei de ser refém
[Refrão: Tiago Mac] Olhe pra dentro de você Não deixa dominar, deixa dominar O seu ser, escute uma coisa Deixa dominar, não deixa dominar