Três dias atrás Tudo era diferente Três dias pra frente Nada vai ficar igual E eu tenho medo
É longe demais Leva muito tempo Ficou aqui dentro Não some nunca mais Foi muito cedo
Somos vegetais Da flor a semente Há pedra na gente Efervescentes minerais De ouro e vento
Terrenos mortais Eternos no presente Impérios latentes Dos tempos ancestrais Sonho e segredo
Três dias a mais Todos drês e urgentes Três dias somente Poucos mas fundamentais Eu te desejo
(Poesia citada ao final) "A lua que eu vi morrer nesta manhã Cravou um botão no céu sobre o asfalto, Retirou do espaço seu ar em vácuo E germinou uma moeda viva. Fiquei a olhar aquela enorme lua, crua, Nua como uma bruxa que foi feita fada. Fixei a paisagem com respeito e medo, Pois da dramaticidade plástica do solo magno Pendia uma marca tão evasiva que ardia drástica. Entre a lua e você há um diálogo de sardas. Uma música feminina que não compreendo inteiramente, Mas sei que o seu efeito eu gosto e quero, Você que lá brilhava"