Corre calma Severina noite De leve no lençol que te tateia a pele fina Pedras sonhando pó na mina Pedras sonhando com britadeiras Cada ser tem sonhos a sua maneira Cada ser tem sonhos a sua maneira Corre alta Severina noite No ronco da cidade uma janela assim acesa Eu respiro teu deesejo Chama no pavio da lamparina Sombra no lençol que tateia a pele fina Sombra no lençol que tateia a pele fina Ali tão sempre perto e não me vendo Ali sinto tua alma flutuar do corpo Teus olhos se movendo sem se abrir Ali tão certo e justo e só te sendo Absinto-me de ti, mas sempre vivo Meus olhos te movendo sem te abrir Corre solta suassuna noite Tocaia de animal que acompanha sua presa Escravo da sua beleza Daqui a pouco o dia vai querer raiar