Ainda sinto os pés no terreiro Que meus avós bailhavam o pezinho, A bela Aurora e a Sapateia É que nas veias corre-me basalto negro E na lembrança vulcões e terramotos.
Por isso é que eu sou das ilhas de Bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra Por isso é que eu sou das ilhas de Bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra.
Se no falar, trago a dolência das ondas O olhar é a doçura das lagoas É que trago a ternura das hortênsias No coração a ardência das caldeiras.
Por isso é que eu sou das ilhas de Bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra Por isso é que eu sou das ilhas de Bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra.
Trago o roxo, a saudade, esta amargura Só o vento ecoa mundos na lonjura Mas trago o mar imenso no meu peito E tanto verde a indicar-me a esperança.
Por isso é que eu sou das ilhas de Bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra Por isso é que eu sou das ilhas de Bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra.
É que nas veias corre-me basalto negro No coração a ardência das caldeiras O mar imenso me enche a alma Tenho verde, tanto verde a indicar-me a esperança.
Por isso é que eu sou das ilhas de Bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra Por isso é que eu sou das ilhas de Bruma Onde as gaivotas vão beijar a terra.