CORO: Sinha, o sinha deixa eu ir pra capoeira OOÔ deixa ir pra capoeira
Vento soprou dentro do canavial De longe ouço o som do berimbau Que vai na alma invadindo o coração Levando as marcas do tempo da escravidão
De aço fino o açoite do feitor Bem castigado para poder trabalhar A noite vem e eu escapo a mata afora Na espera de uma roda para poder vadiar
De longe ouço lamentos pelo ar Que são cantigas faz meu corpo arrepiar Oi deixa eu ir meu senhor, oi deixa eu ir minha sinha Que hoje eu quero minha alma libertar
De sol a sol o corpo queima sem parar E uma peleja que negro tem que passar O me de força meu Deus para fe nao me faltar Que hoje quero fugir do canavial