É de sonho e de pó o destino de um só feito eu, perdido em pensamento sobre o meu cavalo. E de laco e de nó de gibeira o jiló dessa vida sofrida a sol. Sou caipira pirapora. Nossa Senhora de Aparecida ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida. (2) O meu pai foi peão, minha mãe solidão, meus irmãos perderam-se na vida em busca de aventuras. Descasei, joguei, investi, desisti, se há sorte, eu não sei, nunca vi. Me disseram, porém que eu viesse aqui p’ra pedir, de romaria em prece, paz nos desalentos. Como eu não sei rezar, só queria mostrar meu olhar, meu olhar, meu olhar.