Meu bem, por Deus, tenho um pedido Não apontemos pro cupido Sua própria flecha Tantos amantes se arriscaram Com seu gozo eles pagaram Tal sacrilégio
Uma aliança em cada mão A jurar ordem de prisão Em domicílio Pro inferno, amélias secas amas Que deixam frias suas camas Pra pilar milho
Eu tenho a honra de não te pedir a mão Pra quê firmar no pergaminho essa união?
Vênus presa perde o viço E com o choriço frita o juízo Cai na comida Por nada neste mundo eu vou Despetalar sobre o escargot A margarida
Cai o véu, com ele o encanto O segredo da sereia, o canto De melusine O batom nas cartas perde a cor Entre uma e outra página do Nouvelle cuisine
Eu tenho a honra de não te pedir a mão Pra quê firmar no pergaminho essa união? Eu tenho a honra de não te pedir a mão Pra quê firmar no pergaminho essa união?
É muito fácil a gente pensa Largar no fundo da despensa Numa conserva O belo fruto proibido Perdeu o gosto, foi cozido Não se preserva
De uma empregada eu não preciso Tratado a pão de ló, aviso Não quero nunca ser Como uma noiva eterna intento A dona dos meus pensamentos Eu sempre ver
Eu tenho a honra de não te pedir a mão Pra quê firmar no pergaminho essa união? Eu tenho a honra de não te pedir a mão Pra quê firmar no pergaminho essa união? Eu tenho a honra de não te pedir a mão Pra quê firmar no pergaminho essa união?