Desfolhada Portuguesa (Versão da canção de Simone de Oliveira)
Corpo de linho lábios de mosto meu corpo lindo meu fogo posto. Eira de milho luar de Agosto quem faz um filho fá-lo por gosto. É milho-rei milho vermelho cravo de carne bago de amor filho de um rei que sendo velho volta a nascer quando há calor.
Minha palavra dita à luz do sol nascente meu madrigal de madrugada amor amor amor amor amor presente em cada espiga desfolhada.
Minha raiz de pinho verde meu céu azul tocando a serra oh minha mágoa e minha sede oh mar ao sul da minha terra.
É trigo loiro é além tejo o meu país neste momento o sol o queima o vento o beija seara louca em movimento.
Minha palavra dita à luz do sol nascente meu madrigal de madrugada amor amor amor amor amor presente em cada espiga desfolhada.
Olhos de amêndoa cisterna escura onde se alpendra a desventura. Moira escondida moira encantada lenda perdida lenda encontrada. Oh minha terra minha aventura casca de noz desamparada. Oh minha terra minha lonjura por mim perdida por mim achada.