O barco sem vela segue o rumo errante no oceano das imagens e das palavras Das ideias perdidas e das que não são mais lembradas Os dias dançam na imensidão do infinito que o relógio não alcança As pernas cansam, tudo cansa
Mas o tempo segue aquém Alheio e além dos “e se?”, “talvezes” e “poréns”, das tempestades Da calmaria, dos dissabores e da alegria
Segue o tempo avesso ao próprio vento A quem não obedece o barco Escravo da maré a seu contento Por que não tem mas também não quer ter nenhuma vela
As pernas cansam, tudo cansa Os olhos fecham, os dias dançam Mas o tempo segue aquém Alheio e além dos “e se?”, “talvezes” e “poréns” Das tempestades, da calmaria, dos dissabores e da alegria