Chuva, Manhã cinza Guarda-chuvas Ele e ela abraçados caminham Sobre o teto do guarda-chuva Que os guarda Pelas ruas vão Com a vontade de voltar Ao branco dos lençóis
Chuva Manhã cinza Guarda-chuva Esse objecto prosaico Que ás vezes se vira com o vento Torna-se objecto de poema Pelas ruas vão Com a vontade de voltar Ao branco dos lençóis
Talvez o amor seja tudo amar Sem excepção Talvez o amor seja tudo amar Sem excepção
Dizer também como a chuva é doce Neste dia de verão Como o amor é belo, ao sentir a chuva Sim, como ela se eleva no ar E as frases se colam ao longo da estria No interior da pele, o poema mudou Desde que entraste No guarda-chuva esquecida Ao canto do armário
Talvez o amor seja tudo amar Sem excepção Talvez o amor seja tudo amar Sem excepção
E eu que nunca uso guarda-chuva Assim incondicionalmente este poema