E assim vem o anoitecer, Devagar sem ninguém ver, Imagino o que serei, Vejo o rio adormecer, Ouço o eco dos sorrisos, Pelos cafés entardecidos, No reflexo ao contrário Da cidade em aquário…
Foi nesta paisagem calma Como o fundo da tua alma Que sinto o mundo acontecer Já não quero nem saber Se sonho uma tarde igual Nesta Lisboa tropical… Nesta Lisboa tropical...
Vou contando uma lenda, A cada luz que se acenda De fantasmas e ruelas, De valsas e caravelas, Nunca paro a caminhada Pelas janelas ilustradas, Não volto a esperar por ti, Cidade eterna, e eu aqui
E a certeza que tudo é certo, Porque a vida é tão perto, Sinto o mundo acontecer Já não quero nem saber Se sonho uma tarde igual Nesta Lisboa tropical... Nesta Lisboa tropical...